AVALIAÇÃO DO USO DE CHUPETAS POR CRIANÇAS DE ATÉ 1 ANO DE IDADE: CARACTERÍSTICAS E NÍVEL DE CONHECIMENTO QUANTO AO USO DE CHUPETAS


A. Modesto, A.R. Vieira, M.C.F. Camargo & R. Vianna

Este trabalho teve por objetivo determinar o nível de conhecimento das mães quanto ao uso e as características das chupetas de seus filhos de até 1 ano de idade. Foram entrevistadas 180 mães e realizada a análise de 110 chupetas de crianças atendidas em 2 Centros de Saúde da cidade do Rio de Janeiro-Brasil. Apesar de em 87,5% dos casos o pediatra não ter recomendado a chupeta, 61,3% das crianças a utilizavam. Para 83,7% das mães o seu objetivo era acalmar a criança, 42,9 a ofereciam por qualquer motivo, 28,6% sempre que a criança chorava, 16,3% para substituir a atenção, 8,2% para lazer e 4% quando a criança sentia dor. Nas 110 chupetas avaliadas, 67,3% dos bicos e 53,1% dos discos eram potencialmente prejudiciais ao desenvolvimento orofacial e 57,1% não eram seguras de acordo com as normas da European Standard of Child Care Articles. 83,7% apresentavam argola, o que levava a 85,7% das mães a usarem fralda ou prendedor para segurá-la, favorecendo a formação do hábito e aumentando o risco de sufocamento. Quando a criança não usava a chupeta, a sucção de dedo ocorria mais significativamente (Qui-quadrado, p<0,001) do que na que não usava. As crianças cujas mães receberam orientações sobre o tipo adequado de chupeta, possuíram significativamente menos (Qui-quadrado, p<0,009) bicos potencialmente prejudiciais do que as que não receberam, no entanto, com relação aos bicos, não houve significância estatística. Sugere-se que há uma grande necessidade de orientar as mães quanto ao uso racional e as características adequadas das chupetas para a complementação da sucção da criança.


Dra. Adriana Modesto - Odontopediatra
e-mail: modesto@acd.ufrj.br



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