PREVALÊNCIA E RELAÇÃO DO TIPO DE ALEITAMENTO COM DOENÇAS BUCAIS

M.C.F. Camargo, R.B.P. Borges, A.Modesto*
Odontopediatria, FO-Araras-SP/FO-UFRJ (#5521-2654244/ 2908148)


O objetivo deste trabalho foi determinar o tipo e as condições de aleitamento e correlacioná-los com a prevalência de doenças bucais em bebês de 0 a 8 meses. Foram examinadas 160 crianças atendidas no Centro de Saúde Jabaquara (São Paulo- SP) para a determinação da ocorrência de doenças bucais e do tipo de aleitamento. Na presença do aleitamento artificial, foi determinada a posição da criança e as mamadeiras foram avaliadas com relação ao bico e estado de conservação. Para que as condições fossem consideradas satisfatórias, a criança deveria ser amamentada no colo da mãe e com alternância dos lados, o bico deveria ser curto e de forma arredondada com furo que permitisse uma vazão de leite de 20 a 30 gotas/minuto, quando a mamadeira era virada para baixo, e a mamadeira deveria estar limpa e com a borracha do bico nova. Das 160 crianças examinadas (88 meninos e 72 meninas), 36,5% realizavam aleitamento natural, 40,62% artificial e 23,12% misto. Das 65 crianças que recebiam aleitamento artificial, 96,9% o recebiam em uma posição insatisfatória, 100% das mamadeiras apresentavam forma do bico insatisfatória (73,8% deles com o tamanho do furo inadequado) e 7,7% não apresentavam um bom estado de conservação. A prevalência de doenças bucais (candidíase e impetigo) foi de 24,37% e as crianças que possuíam aleitamento artificial apresentaram estatisticamente mais (Qui-quadrado, p=0,000004) doenças bucais (74,4%) do que as que faziam o natural (17,9%) ou o misto (7,7%).
Os autores sugerem que o aleitamento artificial favorece o aparecimento de doenças bucais (candidíase e impetigo) em bebês.


Dra Adriana Modesto- odontopediatra
e-mail: modesto@acd.ufrj.br



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